Cérebro Pensante

preconceito é opinião sem conhecimento !

Archive for Outubro, 2009

O Erê – Cidade Negra

Posted by cerebropensante em Segunda-feira, 12 Outubro, 2009

HOJE esta música é especialmente dedicada à sua  criança interior,  “já que pr’a ser homem tem que ter a grandeza de um menino, de um menino…”

O Erê

( Toni Garrido, Bino Farias, Lazão, Da Gama, Bernardo Vilhena)

Prá entender o Erê
Tem que tá moleque
Uh! Erê, Erê!
Tem que conquistar alguém
Que a consciência leve…

 Há semanas
Em que tudo vem
Há semanas
Que é seca pura
Há selvagens
Que são do bem
Há seqüência do filme muda…

Milhões de anos luz
Podem durar
O que alguns segundos
Na vida podem representar
O Erê, é a criança
Sincera, convicção
Fazendo a vida
Como o sol nos traz…

Você sabe
Que o sentimento não trai
Um bom sentimento não trai..(2x)

Pare e pense
No que já se viu
Pense e sinta
O que já se fez
O mundo visto
De uma janela
Pelos olhos
De uma criança…

 🙂

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penteada para um beijo na boca

Posted by cerebropensante em Domingo, 11 Outubro, 2009

Aeroporto cheio, antevéspera de feriado, crianças com ansiedade a mil e  mães toureando a agitação de seus filhos.

Com ela não é diferente, ouve queixas de demora, da fome de pão de queijo, da sede de suco de uva,  da revista da irmã que é melhor que a sua, enfim, um caos quase desordenado.

Pacientemente, durante os minutos e horas que se seguem, brincadeiras são criadas e opções de lanche são oferecidas, na tentativa de passar o tempo e consumir um pouco da energia ansiosa de ambas.

Passadas algumas horas e com o anúncio no painel de partidas de um atraso mínimo de 3 horas, a mãe pega um pente para arrumar os pequenos cabelos, já totalmente desalinhados.

Com o pequeno objeto de prazer nas mãos,  quatro pequenos olhos brilhantes  pedem uníssono:

– Mãe, posso te pentear ?

Suspiro…

– Pode…  Uma de cada vez porque só tenho um pente !

Uma trégua enfim ! Pensa num quase afago, meio desordenado bem verdade, mas quase um minuto de paz…  Até, claro, que começam a discutir quantas vezes cada uma pode pentear a mãe.  Quatro ? Não, fecham o acordo em pentear 5 vezes cada uma ( sabe Deus  qual critério de contagem foi utilizado…)

Chega a vez da pequena, que sempre perde a pole position para a irmã. Penteia, comenta o penteado e vira pra cá, penteia para a frente, faz franja, desfaz  e, de repente sai-se com o comentário:

– Mamãe, vou pentear você direitinho pra você fcar bem bonita e poder beijar na boca…

As pessoas ao lado, assim como ela, acham graça da pequena pérola.

– Como assim, querida ?

– Ah, mãe, só pode beijar na boca se estiver penteada bem bonita…

– É mesmo,  querida ?  Mas, e se você me pentear e eu não ficar bonita, seu pai não vai mais beijar minha boca ? É isso ?

–  É mamãe, aí você vai ter que arrumar outro namorado…

– Mas filhota, se eu arrumar outro namorado, você vai ter outro pai… E ai, como faremos ? Você ficará com dois pais ? Olha que trabalheira…

– Ah, não sei mamãe.  Mas se você me deixar te pentear mais duas vezes,  você vai ficar bem bonita…

😉

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A entrevista de emprego

Posted by cerebropensante em Sábado, 10 Outubro, 2009

Houve um tempo em que as pessoas eram contratadas através de anúncios em jornal… Sim, jornal daqueles em papel, branco com letras pretas.

Na condição de disponível no mercado, com absolutamente nada a perder, recorta o pequeno anúncio selecionado naquele domingo paulista. Prepara uma cópia de seu CV atualizadíssimo e impresso em papel vergê pérola (o ‘must’ ), com uma pretensão salarial considerável, uma vez que, na prática, ELES a desejam, e não o contrário e, vai até a agência do correio para enviar ao endereço indicado.  Sim, por correio, daqueles com carteiros e caixas amarelas espalhadas pelas ruas da cidade, com a palavra ETC escrita na face externa.

(Nota da autora: no final do século passado, poucas empresas possuiam um Departamento de Recursos Humanos informatizado, com endereço de e-mail para recebimento de curriculos)

Após a viagem intermunicipal, chega ao local procurando pela razão social, fornecido pela responsável do RH e, surpreende-se com o nome fantasia, logo à porta…

Hummm.. então é essa empresa ? E, momentaneamente, arrepende-se de ter pedido um salário tão alto… Mas se esta ali é porque ELES mostraram que a querem, e não o contrário. Respira fundo e entra decidida.

Apresenta-se e permanece na recepção aguardando a saída do outro candidato. Inquieta, pergunta-se qual terá sido sua pretensão salarial ou onde trabalhou… Ao mesmo tempo,  fica observando os painéis com fotos e propagandas do principal produto fabricado e comercializado pela empresa.

Recorda-se, então, de um comentário sobre a importância de conhecer a empresa, o business, para uma boa entrevista. Mas, se a vaga era para administrador de rede local, para que serviriam as pilhas  nesse momento ? Para deixá-la mais nervosa ? Desiste e pega uma revista técnica, para passar o tempo.

A recepcionista, delicadamente, interrompe sua leitura, entrega um crachá que libera sua entrada e, pede para dirigir-se à sala da Gerência de Informática, indicando o caminho.

Ela entra e educadamente cumprimenta o Gerente, por sinal, muito simpático e falante e que além de explicar sobre a empresa, lhe faz inúmeras perguntas, questiona sua experiência passada, situações e qual atitude tomar diante delas e, outras típicas desse tipo de ‘tortura’. Enfim, após quase uma hora, ela está consciente, pelo sinais dele, e pelo próprio coração, que a vaga é sua.

Ao despedir-se, o Gerente, seu futuro chefe, faz a pergunta de prova.

– Bem, você agora já conhece nossa empresa. Conhece os nossos produtos ?

Reticente, mas sem perder a pose, responde:

– Sim, claro, pilhas Sbrubles. Eu as vi no cartaz logo na entrada (…)

Nesse instante, seu “quase-ex-futuro-gerente”, arregala os olhos e sentencia:

– Poxa, realmente você tem muita sorte… Eu saí do Departamento de Marketing há uns 4 anos e, felizmente, essa vaga é para a área de Informática…

Ela não consegue disfarçar o susto e ele, ri muito. Em seguida, discretamente corrige o nome da pilha, informando que é do produto da principal concorrente…

E assim, após a contratação, trabalharam juntos e felizes até depois do findar daquele milênio que trouxe consigo um temido bug, cujas memórias ficaram para trás como se fossem uma pilha gasta.

A única coisa que não entra em discussão é o salário:  plenamente compatível com sua coragem.

😉

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Um dia de Lulu (pout-pourri)

Posted by cerebropensante em Quinta-feira, 8 Outubro, 2009

Acorda totalmente Lulu, tipo o Último Romântico, nos litorais desse Oceano Atlântico.

As músicas coladas em seu cérebro, desde as mais rebeldes à mais românticas, com a capacidade de dizer o que vai em suas entranhas… As canções mais tolas, Tendo os seus defeitos, Sabem diagnosticar O que vai no peito…

Tenta decifrar COMO tudo começou… Quis evitar teus olhos, Mas não pude reagir, Fico à vontade então.  Acho que é bobagem, A mania de fingir Negando a intenção…

Não há explicação tangível aliás, acho tão bonito isso, De ser abstrato baby, A beleza é mesmo tão fugaz.

Somente permite-se e, deliciosamente sonha… Eu gosto tanto de você, Que até prefiro esconder, Deixo assim ficar, Subentendido, Como uma idéia que existe na cabeça E não tem a menor obrigação de acontecer.

Talvez seja insensatez, Pode até parecer fraqueza… Pois que seja fraqueza então mas, fato é que  quando um certo alguém Desperta o sentimento, É melhor não resistir E, se entregar…

Embalada pela novidade, encantada com novas possibilidades, assume a posição de ré confessa.  – Sou irresponsável, Me chame assim mesmo. Sei que é bem verdade, Tudo de que me acusares.   Mas,   já que estou em tuas mãos, Faz como entenderes…

Conecta na internet…  Pego o telefone, Ligo a televisão, Abro a geladeira.  Nada… não tem satisfação.  Lá esta a imagem vívida em sua memória, quase fisicamente  captável numa simples MRI (House), numa simbiose obsessiva, agradável, gostosa… Decide:  não vou me dar, Ao luxo de te perder. Eu me recuso a admitir Que amar é sofrer.

Carência ? Não sabe dizer, mas o que fazer com essa natureza libriana ? Eu não sei viver sem ter carinho, É a minha condição; Eu não sei viver triste e sozinha,  É a minha condição; Eu não sei viver presa ou fugindo…

Percebe que não necessita justificar-se ou dar explicações. Você é bem como eu, Conhece o que é ser assim.  Só que dessa história, Ninguém sabe o fim.  Entristecida com a ausência sentida, pensa Só falta te querer, Te ganhar e te perder. Falta eu acordar,  Ser gente grande pra poder chorar.

Insiste,  Me dá um beijo, então aperta minha mão, Tolice é viver a vida assim, Sem aventura.  Deixa ser Pelo coração,  Se é loucura então, Melhor não ter razão !

Sim, está com saudade… e, Se amanhã não for nada disso, Caberá só a mim esquecer. O que eu ganho, o que eu perco, Ninguém precisa saber…

😉

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Primavera, Sol em Libra

Posted by cerebropensante em Quinta-feira, 1 Outubro, 2009

Libra, este é um mês que você deve se despedir das provações que vem passando nos últimos dois anos. Pare para refletir e reavaliar as lições aprendidas e prepare-se para entrar em uma nova fase, mais voltada para a construção de uma nova vida. Muito trabalho e responsabilidades a caminho.

Hoje entra o mês mais aguardado do ano.

Efetivamente, a contagem regressiva está iniciada.

Como todos os dias, dá uma passada no horóscopo em dois sites e, inteligentemente munida de todo o seu livre arbítrio, escolhe o melhor prognóstico, o que mais lhe fala ao coração.

E mais uma vez – diz a si mesma – acerta a escolha em cheio !

“Simples coincidencia”, como costuma dizer para despistar seus mais distraidos pensamentos.  Ledo engano…  nem hoje, nem nos demais dias.

Ela consulta os astros sim e, acredita nas leis naturais de energia, ação e reação, sincronicidade… Acredita nas influências amorosas de seu regente,  nas loucas e pouco convencionais do seu ascendente e daquelas plenas de imaginação do que vai em seu meio do céu, acelerado e misterioso…

Algo a fazer  a respeito desse mau hábito ?  Não.  Sem preconceitos e na correria do dia a dia, essa é a forma mais rápida que encontra para receber os sinais do amigo, universo.

E hoje, especialmente, a mensagem que pode parecer genérica, é simples, direta e objetiva ! É para ela, delicada e ao mesmo tempo dedicada com toda intensidade… Como se brindando o mês que trará seu novo ano.

Sorri e diz a si mesma, “tão fácil te querer meu Ano Novo” !

Que seja realmente como previsto:  entrar em uma nova fase, mais voltada para a construção de uma nova vida.  Mesmo que com muito trabalho e responsabilidades a caminho.

E, claro, feliz sempre !

😉

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